A crítica de entidades representantes de segmentos do setor elétrico à Medida Provisória de capitalização da Eletrobras foi atacada pelo presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, e pelo secretário especial de Desestatização, Diego Mac Cord. Em evento virtual do Bradesco BBI, eles defenderam o texto aprovado na Câmara e disseram esperar ajustes pontuais no Senado.
Limp argumentou que a redução do endividamento da empresa, considerado positivo, atualmente, após anos de crise, custou à estatal o comprometimento da sua capacidade de investimento. Em sua opinião, a privatização deve ajudar a reverter esse quadro. "Quando olha investimentos, é pequeno pela importância que a Eletrobras tem e deve ter na expansão do setor. A empresa precisa ser protagonista", afirmou.
A visão do presidente da estatal elétrica e do secretário é de que alguns agentes estão promovendo um "debate errado" e, com isso, facilitando o trabalho da oposição de conter o processo de privatização da Eletrobras.
Segundo Mac Cord, as críticas de associações setoriais são um "fogo amigo". "A gente tem visto, nas últimas semanas, uma enxurrada de números aleatórios, sem pé nem cabeça. Parece jogo de bingo. São números que não encontram respaldo na realidade", afirmou o secretário, complementando que esse tipo de crítica.
Um grupo de geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores de energia divulgaram o manifesto "União pela Energia", no qual calculam um aumento de custo tarifário de R$ 41 bilhões, caso "jabutis" incluídos na Câmara passem também no Senado.