Apesar do desgaste sofrido pela presidente da Petrobras, Graça Foster, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta sexta-feira, 30, que “não tem nenhuma informação de perda de sustentabilidade (política) dela”. O ministro admitiu ter sido “surpreendido” com as recentes notícias envolvendo a petroleira, mas defendeu a estatal, alegando que “as empresas brasileiras são fundamentais, representam o acúmulo da nossa inteligência e precisam ser preservadas”. E emendou: “Nós temos de jogar a água fora, mas não jogar a criança”.
Para o ministro da Defesa, que falou hoje após cerimônia na Base Aérea de Brasília, há preocupação do governo com a continuidade do desenvolvimento brasileiro. “Para isso a gente não pode prescindir de empresas. E qualquer uma dessas empresas citadas representam a inteligência nacional. Ela exportam conhecimento e, portanto, temos de preservar isso”, justificou.
Questionado sobre as inúmeras notícias negativas envolvendo a Petrobras, como o seu rebaixamento na classificação de risco, perda de valor ou envolvimento em corrupção, o ministro respondeu: “Qualquer empresa de petróleo do mundo, em função da queda do preço do barril, seguramente tem sua avaliação diminuída”. Segundo ele, este é um dado de mercado. Quanto às denúncias de corrupção, Jaques Wagner disse que o caso vem sendo investigado e precisa ser concluído. “Temos de esperar o conjunto da investigação e reforçar todo o sistema de gestão de forma que você possa prevenir qualquer episódio semelhante”, comentou.