Estadão

Presidente do BB: Primeiro passo foi dado com saída de 2,5 mi de pessoas do cadastro negativo

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse em uma rede social que a retirada de 2,5 milhões de brasileiros de cadastros negativos de crédito foi um primeiro passo importante do Desenrola para reduzir o endividamento da população. Ela mencionou, ainda, a renegociação de R$ 1 bilhão em dívidas de 75 mil clientes do banco na primeira semana do programa de renegociação de dívidas do governo federal.

"O primeiro passo já foi dado com a retirada de 2,5 milhões de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que tiveram seus nomes excluídos de cadastros negativos", afirmou ela, em postagem no Linkedin. "Com isso, caso não tenham outras pendências financeiras, poderão voltar a fazer um empréstimo ou alugar uma nova casa, por exemplo."

Na primeira fase do Desenrola, lançada na segunda-feira, 17, os bancos puderam "limpar" os nomes de clientes que tenham dívidas de até R$ 100 junto às instituições. As dívidas não são perdoadas, mas caso o cliente não tenha outras restrições de crédito, pode voltar a tomar empréstimos, um dos objetivos do programa.

O atual estágio também permite a renegociação de dívidas de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000. Clientes de menor renda, da chamada Faixa I, entrarão em uma fase posterior, prevista para setembro, e que também incluirá dívidas contraídas junto a empresas de consumo ou serviços públicos (água, luz e telefone).

No texto, Medeiros cita dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que apontam que 78,3% das famílias brasileiras têm dívidas em atraso. Também menciona dados da Serasa que mostram que 72 milhões de pessoas estão negativadas.

De acordo com ela, além de tirar as pessoas do endividamento, é necessário estimular a educação financeira, para que o consumo de crédito aconteça de forma responsável. "Estamos utilizando nossos canais de comunicação para enviar alertas e dicas sobre o uso responsável do crédito, de forma a conscientizar a sociedade", diz a executiva.

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