Cidades

Presidente do Civitas acusa ex-funcionário de tentar extorqui-lo

Longe de ter uma solução, o caso da contratação de agentes educacionais pelo Instituto Civitas para o projeto de Apoio à Inclusão Escolar na rede municipal de ensino ganha novos capítulos. Depois das denúncias de suposto desvio de finalidade nos pagamentos realizados pelo Governo Municipal à entidade, feitas por um ex-funcionário da instituição, o presidente do Civitas, Ronaldo Araújo, rebateu, denunciando que foi vítima de extorsão.
 
“Ele usou uma forma bem chula de apelar dizendo que embolsou os R$ 4 milhões. Foi a conta que ele fez porque tinha esse número da contratação. Ele nunca quis atender uma escola e ter o contato com um agente de apoio. Ele ficava na secretaria com o dirigente da escola e na sequência pediu para fazer entrevistas nas escolas com os diretores”, explicou o presidente do Instituto Civitas.
 
Ronaldo Araújo revelou em entrevista ao GuarulhosWeb que Sayeg – por não ter solicitações atendidas como a de realizar entrevistas com dirigentes educacionais da rede municipal de ensino que incorporavam o projeto de inclusão escolar para alunos com necessidades especiais – passou a mudar o seu comportamento pessoal e profissional em relação às atividades que lhe eram propostas para execução. De acordo com Araújo, ele teria então começado a chantageá-lo para obter vantagens que pudessem garantir uma viagem que pretenderia fazer a Israel.
 
“Passado um tempo ele me procurou (via telefone) dizendo que ele não suportava mais ficar aqui e que iria ficar 1 ano e meio em Israel e que ia levar o filho para estudar e precisava de R$ 70 mil. E que se eu não desse os R$ 70 mil, que ele tinha um dossiê que ia mandar para as escolas, Ministério Público e a mídia. Foi porque não cedi a extorsão. Ele fala no e-mail que se ele não receber o custeio financeiro ele vai jogar no ventilador. Entramos com uma ação criminal e eu tenho a gravação. Quando percebi do que se tratava passei a gravar”, declarou Araújo.
 
Ouvido pelo GuarulhosWeb, o ex-funcionário entende que o objetivo do dirigente é o de desqualificar a denúncia realizada por ele. Edson ressalta que a defesa acadêmica de seu trabalho de doutorado aconteceu entre os anos de 2005 e 2006 e não no período de contratação do Civitas pela Prefeitura em 2014, além de negar ter tido qualquer problema de saúde que colaborasse com seu afastamento das atividades profissionais. Ele também nega a prática de extorsão.
 
“A minha defesa de doutorado foi há mais de 10 anos. Depois ele prosseguiu dizendo que, após a suposta proibição, eu teria me afastado do trabalho por problemas de saúde, ao que eu respondo: a minha saúde está bem e eu tenho todos os comprovantes de pagamento dos meus salários. Sobre a suposta extorsão, já ouvi dizer que ele tem uma gravação. Eu gostaria muito de ouvi-la. Se você tiver a oportunidade, por favor, me conte”, concluiu.
 

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