O presidente do Clube Militar, general Gilberto Rodrigues Pimentel, divulgou uma nota no site oficial da entidade em que ameaça processar o presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. O motivo foi declaração do sindicalista em solenidade no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 13, quando falou em ir às ruas “de armas na mão”. Freitas comentava as manifestações de grupos que defendem a saída da presidente Dilma Rousseff, programadas para o domingo, 16.
“Cuidado com a língua e com as ameaças, Vagner Freitas. Você terá oportunidade de esclarecer em juízo o verdadeiro sentido de suas palavras, na ação que será movida a esse respeito”, diz o general. Oficial da reserva, o general lembra ainda que “o Exército dispõe legalmente do monopólio da força, em defesa do Estado brasileiro. Qualquer outro grupo armado que venha às ruas terá que enfrentá-lo”.
Na nota, o militar refere-se à democracia que Freitas disse defender por meio de greves e atos com movimentos sociais como “democracia sindicalista, dona do monopólio do poder e da verdade, no seu entendimento”.
Freitas afirmou que os movimentos sociais serão o “exército” que vai “enfrentar essa burguesia”. “Recado para os golpistas: nós somos trabalhadores, trabalhamos pela democracia”, declarou. “O que se vende é a intolerância, o preconceito de classe contra nós. Somos defensores da unidade nacional. Isso implica ir para a rua entrincheirados de armas na mão e lutar se tentarem tirar a presidente.” Foi respondido pelos presentes com gritos de “Não vai ter golpe”.