Estadão

Presidente do COI, Bach visitará Japão em julho antes da abertura de Tóquio-2020

Após ter que cancelar a sua visita ao Japão no início deste mês por causa do aumento de casos de covid-19 no país, o que levou o governo local a ampliar o estado de emergência em várias cidades até o próximo dia 31, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, já tem data marcada para viajar a Tóquio. A entidade confirmou nesta quinta-feira que será em 12 de julho, 11 dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

A visita de Bach fará parte das "operações de coordenação" no terreno para os Jogos de Tóquio-2020, que foram adiados no ano passado por causa da pandemia do novo coronavírus, de acordo com o vice-presidente do COI, o australiano John Coates, em carta aos representantes do Comitê Organizador.

Coates também planeja viajar para Tóquio em 15 de junho para participar dos preparativos para os Jogos no local ao lado da organização, que finalizará os detalhes para o evento esportivo. O vice-presidente do COI admitiu as dificuldades que afetaram o movimento olímpico desde o início da pandemia, mas ressaltou o compromisso do organismo internacional e dos anfitriões de organizar a Olimpíada de maneira segura e torná-la "a luz ao final do túnel" da crise sanitária.

O dirigente australiano, um dos membros mais antigos do COI, se dirigiu aos representantes dos Comitês Olímpicos nacionais no mesmo dia em que a última comissão de coordenação entre o COI e a organização de Tóquio-2020 deu início a uma série de reuniões online, que continuarão até esta sexta-feira.

No início do encontro por videoconferência, Bach disse acreditar que mais de 80% dos ocupantes da Vila Olímpica estarão vacinados ou registrados para se vacinar antes dos Jogos. Ele rejeitou os apelos cada vez maiores de cancelamento do evento esportivo, dizendo que outros provaram que a Olimpíada pode acontecer com precauções fortes contra a covid-19.

Os comentários de Bach vieram no momento em que o Japão mantém uma batalha contra uma quarta onda de infecções, mas a campanha de vacinação lenta mina a confiança pública já baixa de que a Olimpíada deveria ir adiante. "Junto com nossos parceiros e amigos japoneses, só posso voltar a enfatizar este compromisso total do COI de organizar Jogos Olímpicos e Paralímpicos seguros para todos", afirmou Bach. "Para conseguir isto, estamos agora plenamente concentrados na realização dos Jogos Olímpicos".

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