A qualidade da água para as competições nos Jogos Olímpicos no Rio fará parte dos temas da agenda de encontros do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, quando ele vier ao Brasil, nesta semana, para iniciar a contagem regressiva de um ano para o início do evento, que terá a sua cerimônia de abertura realizada em 5 de agosto de 2016.
Uma investigação da agência de notícias Associated Press, publicada na semana passada, revelou a presença de altos níveis de vírus que causam enfermidades nas águas contaminadas que serão utilizadas na Olimpíada de 2016. Após a publicação dos resultados, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou ao COI a ampliação das suas análises da água, levando em conta também os vírus, e não somente as bactérias.
“Fazer análises da água depende das autoridades brasileiras”, disse Bach. “Eles fizeram. Nos informaram que fizeram esses testes de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e têm as garantias da OMS de que não há risco significativo para os atletas. Mas, é claro, continuaremos acompanhando isso até e durante as provas olímpicas”, completou o presidente do COI.
As águas do Rio, incluindo as das Baía de Guanabara, onde serão realizados os eventos da vela, sofrem com os efeitos da poluição há anos, e as ações governamentais para melhorar sua qualidade foram pouco efetivas. Elas já vêm, inclusive, recebendo eventos-teste para a primeira edição da Olimpíada na América do Sul.
A limpeza e a redução da quantidade de esgoto que vai para a Baía de Guanabara foram promessas da vitoriosa campanha do Rio para sediar os Jogos de 2016. As próprias autoridades, porém, já garantem que as metas estipuladas anteriormente não serão atingidas, mesmo destacando a elevação da quantidade de esgoto tratado antes de chegar à Baía de Guanabara.