A área a ser desapropriada para a construção do trecho norte do Rodoanel será definida em decreto que será publicado neste mês, segundo o presidente da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), Laurence Casagrande, em reunião nesta segunda-feira na Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos. Ele estima que o processo de retirada das famílias dure dois anos.
O cadastramento dos desabrigados começará depois da publicação do decreto. Na semana passada, o Conselho de Estado do Meio Ambiente (Consema) concedeu a licença prévia para a construção da obra. De acordo com Casagrande, os trabalhos devem ser iniciados em novembro.
A ligação entre o Rodoanel e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, que pode passar por quatro bairros (Cidade Seródio, São João, Lenise e Vila Rica), depende de decisão da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Casagrande diz que a área dos bairros citados pertence a Infraero e que já vigora decreto de desapropriação por conta da construção da terceira pista do aeroporto, projeto cancelado em 2008. "Temos entendimentos com a Infraero há dois anos. O Rodoanel vai passar por onde o Governo Federal definir", explica.
Segundo o presidente da Dersa, os técnicos da Dersa visitarão todas as residências que serão atingidas pelo Rodoanel. A proposta é que as casas não sejam removidas até a conclusão dos acordos para reassentamentos e pagamentos de indenizações. Ele afirma que se houver casos de as famílias precisarem ser retiradas antes da construção, os afetados receberão aluguel social do governo estadual, que será de R$ 480,00
O prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), ficou de indicar área para construção de empreendimento para receber as famílias que serão reassentadas. Contudo, o desejo da administração municipal de o Rodoanel ter acesso dentro do município foi negado. Casagrande diz que os dois acessos na cidade serão pelas rodovias Fernão Dias e Presidente Dutra.