Os polêmicos lances ocorridos na vitória do Brasil, por 4 a 2, sobre o Peru, terça-feira, em Lima, pela segunda rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022 no Catar, levaram o presidente peruano Martín Vizcarra a se manifestar sobre o assunto.
"Acredito que uma equipe como o Brasil não necessita da ajuda da arbitragem para desequilibrar uma partida", disse Vizcarra, nesta quarta-feira, durante um evento no Palácio do Governo, em Lima. "Em dois momentos nossos jogadores estiveram com vantagem no placar por seus próprios méritos, por seu trabalho, talento e dedicação. Infelizmente, o árbitro desequilibrou a partida", afirmou o presidente, admitindo sua postura de "raiva e mal estar" como "fã e cidadão".
Vizcarra aproveitou para pressionar a Fifa, ao pedir que "não se cometam erros no futuro que possam mudar a história". "Apesar do resultado injusto para aquela circunstância, quero agradecer a dedicação e honra dos jogadores peruanos e com esse esforço mantemos viva a esperança de alcançar o
Copa do Mundo", disse o chefe de Estado, que elogiou também o trabalho do técnico argentino Ricardo Gareca, ao dirigir a "equipe de igual para igual com o Brasil, pentacampeão mundial".
As críticas contra o trabalho do árbitro chileno Julio Bascuñán resultaram na coleta de mais de 300 mil assinaturas em uma petição pública lançada em uma plataforma para retirar a licença internacional de Bascuñán, que dirige partidas do torneio internacional desde 2011.
A Federação Peruana de Futebol também não aprovou a nomeação por parte da Confederação
Sul-Americana de Futebol (Conmebol) de um árbitro chileno para comandar um jogo da seleção peruana uma partida antes do duelo entre Chile e Peru, previsto para novembro, em Santiago, pela terceira rodada das Eliminatórias. Chilenos e peruanos somam apenas um ponto na classificação.