O presidente do Vietnã, Tran Dai Quang, morreu aos 61 anos nesta sexta-feira, 21, depois de uma doença grave, disse o governo em comunicado. Ele ocupava o 2º maior cargo no país, atrás do líder do Partido Comunista.
Segundo o comunicado, os esforços no tratamento de Quang envolveram médicos e especialistas vietnamitas e estrangeiros, além dos cuidados providos pelos líderes do partido e do Estado, mas ele não resistiu.
O presidente morreu no Hospital Militar Nacional 108, em Hanói, onde foi internado na tarde de quinta-feira 20, em coma profundo.
Os detalhes sobre sua doença não foram divulgados no comunicado, mas segundo o jornal estatal VnExpress, que citou o ex-ministro da Saúde Nguyen Quoc Trieu, Quang havia adquirido um vírus raro e tóxico em julho do ano passado. Desde então, o presidente havia viajado seis vezes ao Japão para receber tratamento. O nome do vírus não foi especificado.
“Professores e médicos japoneses o trataram e ajudaram a consolidar a saúde do presidente por cerca de um ano”, disse Trieu. “No entanto, não há medicamentos no mundo que possam curar a doença completamente, apenas preveni-la e afastá-lo por algum tempo.”
A última aparição pública de Quang foi em uma reunião do Partido Comunista e em uma recepção a uma delegação chinesa na quarta-feira 19. Ele parecia frágil nas imagens transmitidas pela TV estatal vietnamita. No ano passado, Quang ficou mais de um mês sem aparecer publicamente, o que levantou especulações sobre sua saúde.
Nascido na província do norte de Ninh Binh, Quang se formou policial e subiu na hierarquia do Ministério da Segurança Pública, antes de ser apontado como ministro, em 2011.
Funcionário de carreira na área da segurança e general de quatro estrelas, ele foi eleito presidente em abril de 2016 pela Assembleia Nacional, dominada pelo Partido Comunista, efetivamente se tornando o segundo homem mais poderoso no país, depois do secretário-geral Nguyen Phu Trong.
A Assembleia Nacional está planeja convocar uma sessão no próximo mês, quando espera eleger um novo presidente. Fonte: Associated Press