Esportes

Presidente e vice do Flu são suspensos por 60 dias e multados por ofensas a juiz

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu, em julgamento realizado na manhã desta sexta, no Rio, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e o vice de futebol do clube, Mário Bittencourt, com uma suspensão de 60 dias e ainda aplicou uma multa de R$ 10 mil a cada um por ofensas ao árbitro Leandro Pedro Vuaden após o primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, na semana passada, no Maracanã.

Extremamente exaltado e indignado principalmente com um pênalti marcado no segundo tempo, quando Zé Roberto teria simulado uma falta após ser tocado por Gum, os dois dirigentes chegaram a precisar ser contidos pelo policiamento nos vestiários do estádio onde o time carioca venceu o confronto de ida do mata-mata por 2 a 1.

A decisão foi tomada após maioria de votos da Quarta Comissão Disciplinar, mas a mesma cabe recurso e pode ser julgada pelo Pleno, última instância nacional do STJD, sendo que nesta sexta o auxiliar técnico do Fluminense, Pedro Faria Gama, também foi suspenso por uma partida por desrespeito ao árbitro gaúcho.

O árbitro, por sinal, compareceu ao julgamento desta sexta e prestou depoimento, no qual confirmou o que já tinha relatado na súmula do jogo, que continha os xingamentos e as ofensas proferidas pelos dirigentes. E Vuaden aproveitou para dizer nesta sexta que continua achando que Zé Roberto foi derrubado por Gum no lance do pênalti cobrado e convertido pelo próprio meio-campista na semana passada.

“Já cometi vários equívocos e não tenho problema algum em assumir isso. Eu, analisando com toda a sinceridade, vi o lance e continuo com minha posição de penalidade máxima da minha visão, do ângulo que estava no momento da marcação”, afirmou.

Indignado, Siemsen chegou a cobrar a renúncia do presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Correa, após o jogo de ida da semifinal. Ele próprio, porém, admitiu que exaltou ao extremo ao protestar contra Vuaden pelo pênalti assinalado contra o Fluminense. “O pênalti eu vi e revi várias vezes, não tem nem cheiro de pênalti, eu até perdi a cabeça com o árbitro na saída de campo, fui agressivo com ele, mas porque ele mereceu. Eu fui bem agressivo verbalmente”, reconheceu o dirigente, naquela ocasião.

Depois de vencer o jogo de ida por 2 a 1, o Fluminense foi derrotado pelo mesmo placar no duelo de volta, na última quarta-feira, quando acabou sendo eliminado nas cobranças por pênaltis, no Allianz Parque, onde o Palmeiras se garantiu na final da Copa do Brasil, contra o Santos.

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