Os presidentes dos países membros do Mercosul assinarão amanhã, ao final da 50ª Cúpula do Mercosul, que acontece em Mendoza (Argentina), um documento em que reclamarão da situação da Venezuela. O tema foi discutido hoje em reuniões preparatórias para os encontros dos chefes de Estado.
O texto será submetido amanhã aos presidentes Mauricio Macri (Argentina), Michel Temer (Brasil), Horacio Cartes (Paraguai) e Tabaré Vázquez (Uruguai). A Venezuela está suspensa do Mercosul desde dezembro de 2016.
De acordo com declarações do vice-chanceler argentino, Daniel Raimondi, haverá um apelo para que o governo da Venezuela suspenda a convocação da eleição para a Assembleia Constituinte.
“Nós estão particularmente preocupados que as autoridades venezuelanas a abster-se ou desistir da eleição marcada para o dia 30 deste mês para formar uma Assembleia Constituinte” disse Raimondi. “O pedido é que a Venezuela abstenha-se de convocar a Constituinte.”
Segundo o porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, o presidente fará também um monitoramento atento da situação da Venezuela na Cúpula do Mercosul.
“Em Mendoza, o presidente anunciará as prioridades da Presidência brasileira. Enfatizará a importância de concluir-se o acordo sobre compras governamentais; a continuidade da eliminação de barreiras ao comércio entre os sócios; a harmonização de normas técnicas; e o monitoramento atento da situação na Venezuela.”