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Preso acusado de liderar PCC fora dos presídios

Apontado como principal nome do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios – e com um prêmio de R$ 5 mil para quem ajudasse na sua captura -, o foragido Márcio Geraldo Alves Ferreira, conhecido como Buda, de 32 anos, foi preso nesta terça-feira, 25, pela Polícia Civil. Ele foi capturado em um acesso à Avenida Aricanduva, na zona leste de São Paulo, em uma ação que terminou com um helicóptero da polícia pousando no carro do suspeito.

Buda é um dos organizadores do plano de fuga descoberto no começo do ano de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, da Penitenciária P2 de Presidente Venceslau, a 611 km da capital. A reportagem não encontrou advogados de Buda para comentar a prisão e as acusações.

Suspeito também de liderar o tráfico de drogas da zona norte, ele foi detido depois de obedecer ordem para parar o carro e não ofereceu resistência. Estava em um utilitário Fiat Freemont, sozinho, e, quando detido, tinha uma carteira de motorista, um título de eleitor e um certificado de reservista falsos.

Buda foi preso pela Delegacia de Vigilância e Capturas depois de três meses de buscas. Nesse período, segundo a polícia, ele frequentava a zona norte apenas para comandar as operações criminosas de tráfico da facção – passou a viver com a família em São José dos Campos, a 97 km da capital.

Maconha

Durante a perseguição ao foragido, a polícia acabou apreendendo 2,5 toneladas de maconha. “Uma tonelada no mês passado e uma e meia na semana passada”, disse o delegado encarregado da ação, Fabio Sandrim. Os carregamentos foram descobertos à medida que os policiais obtinham novas informações sobre o possível paradeiro do foragido: os policiais iam atrás de pistas de Buda, que escapava, mas apreendiam as drogas que ele comercializava. “O crime organizado tem lideranças. Ele certamente será substituído por outra pessoa que manterá o tráfico”, disse o delegado.

Enquanto seguiam nova pista, nesta terça, policiais em um carro descaracterizado cruzaram com o de Buda na Rodovia Presidente Dutra. “Pedimos reforço de viaturas caracterizadas e do Pelicano (o helicóptero da Polícia Civil)”, disse o delegado. “Não sabíamos se ele estava sozinho, se tinha armas.”

Havia três mandados de prisão contra Buda, por porte de armas, falsificação de documentos e extorsão mediante sequestro. Em 2010, ele deixou o Centro de Progressão Penal de Rio Claro, no interior, onde cumpria uma de suas penas, e não voltou mais. Era foragido desde então.

Dez mais

Buda figurava na lista dos dez criminosos procurados do Estado desde julho do ano passado – quando o ranking ela liderado pelo ex-médico Roger Abdelmassih. “Não demos tanto destaque para ele (Buda) porque muita exposição poderia atrapalhar a investigação. Mas ele que era, de fato, o fugitivo mais procurado de São Paulo”, disse o delegado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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