Saúde

Pressão alta descontrolada causa 300 mil mortes por ano no Brasil, segundo a SBC

Em 2002, doença foi uma das 15 principais causas de morte no mundo

A hipertensão arterial sistêmica, ou simplesmente pressão alta, é um dos mais sérios problemas de saúde pública da atualidade. Por sua elevada prevalência (estima-se que 30% da população acima dos 30 anos seja hipertensa), é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e renais. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a pressão alta descontrolada é causa de 300 mil mortes por ano no Brasil.

"Tal estimativa poderia ser evitada se houvesse o diagnóstico e o tratamento correto. Por isso, devemos medir regularmente, no mínimo a cada três meses, a pressão arterial e seguir as orientações médicas com rigor", afirma a Dra. Raquel Conti, médica cardiologista do HUSF (Hospital Universitário São Francisco).

Ainda de acordo com a Dra. Raquel, essa falta de sintoma pode fazer com que o paciente descubra ser hipertenso em um quadro de emergência médica. "Como o acidente vascular cerebral (derrame) ou o infarto agudo do miocárdio, trazendo sérias consequências, inclusive a morte, que poderiam ser evitadas com o tratamento adequado da pressão".

A hipertensão possui múltiplas causas, inclusive genéticas, sendo caracterizada pelo aumento nos valores da pressão arterial – aquela exercida pelo coração sobre as artérias. Enquanto os números normais são de até 13/8 mmHg, valores a partir de 14/9 mmHg já podem ser considerados sinais de alerta e precisam ser tratados e monitorados.

Tratamento

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença esteve entre as 15 principais causas de morte no mundo em 2002 e continuará ocupando o mesmo posto em 2030. "Esses dados são suficientes para alertar a população sobre as medidas preventivas e o tratamento contínuo que devem ser feitos para o controle dessa enfermidade", alerta o médico cardiologista da Paraná Clínicas, em Curitiba, Dr. José Antônio Pantarolli.

Segundo o especialista, o controle rigoroso da pressão e o envolvimento dos pacientes no tratamento são fundamentais. "É preciso seguir à risca as recomendações médicas, como: não consumir cigarro e bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas e evitar o sedentarismo", afirma.

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