A Bovespa não conseguiu sustentar os ganhos exibidos pela manhã e passou a tarde toda em baixa, puxada pelo recuo das principais ações do índice, sobretudo Petrobras e siderúrgicas. O quadro político delicado também inspirou cautela nos agentes, que se ressentem ainda de um fluxo menor por causa das férias no Hemisfério Norte.
O Ibovespa terminou a sessão desta quarta-feira, 1, em baixa de 0,61%, aos 52.757,53 pontos – menor nível desde o dia 1º de abril (52.321,76 pontos). Na mínima, marcou 52.603 pontos (-0,90%) e, na máxima, 53.456 pontos (+0,71%). No ano até hoje acumula ganho de 5,50%. O giro financeiro totalizou R$ 5,791 bilhões.
As ações da Petrobras foram o destaque do pregão, penalizadas pelo recuo de 4,22% do preço do petróleo na Nymex, hoje, para o menor preço desde 22 de abril, a US$ 56,96 o barril. A commodity reagiu ao aumento dos estoques norte-americanos na última semana.
Cabe registro para a assembleia de acionistas da estatal, que aprovou alterações no estatuto social da empresa, como, entre outras coisas, a limitação em dois anos de mandato para o cargo de suplentes. Além disso, foram eleito seis suplentes indicados pela União para o Conselho e outros dois suplentes para as vagas de representantes de acionistas minoritários.
Petrobras ON recuou 3,64% e Petrobras PN, 4,17%. Gerdau PN, -4,14%, Metalúrgica Gerdau PN, -5,65%, Usiminas PNA, -0,73%, CSN ON, -1,16%. Vale ON, -0,98%, Vale PNA, -1,03%, Bradesco PN, -0,46%, Itaú Unibanco PN, +0,56%, BB ON, -1,28%, Santander unit, -1,48%.
A piora do quadro político após a aprovação pelo Senado de aumento de 78% no salário dos servidores do Judiciário, ontem, na contramão do pretendido ajuste fiscal do governo, também azedou o humor dos investidores e fez o Ibovespa terminar na contramão de Wall Street.
Lá, o Dow Jones subiu 0,79%, aos 17.757,91 pontos, o S&P 500 avançou 0,69%, aos 2.077,42 pontos, e o Nasdaq terminou com ganho de 0,53%, aos 5.013,12 pontos.