A alta inflação e um mercado de trabalho apertado estão pressionando para cima o crescimento anual dos salários da zona do euro, diz a Fitch Ratings, em seu relatório mais recente. Preocupados com os efeitos indiretos por trás do crescimento salarial, um impulso mais forte deve apoiar os <i>hawks</i> no Banco Central Europeu (BCE), afirma o diretor de economia da Fitch, Tej Parikh.
A agência nota que o indicador de salários negociados, feito pelo BCE, subiu de 1,6% no quarto trimestre de 2021 para 2,8% nos três primeiros meses deste ano.
A alta inflação têm exercido pressão para cima nas negociações de salários na Europa, enquanto sindicatos têm pressionado por pagamentos maiores dados os preços crescentes de bens e serviços. Enquanto isso, as taxas de salário mínimo estão crescendo na maioria dos países europeus neste ano, observa a Fitch.
Além disso, indicadores do mercado de trabalho apontam para condições apertadas, além da taxa de desemprego estar em seu nível mais baixo desde a crise financeira, diz a Fitch. Escassez de mão de obra também começa a aparecer em alguns setores, enquanto a demanda por força de trabalho segue forte ."Combinada com oferta limitada, isso deve se traduzir em força no crescimento de salários ao longo do ano.