A Previ, fundo de previdência do Banco do Brasil, estuda transformar prédios antigos em hotéis com função de habitação para seus associados idosos. A ideia é oferecer uma gama serviços – inclusive de saúde – para os moradores. Assim, parte dos recursos oriundos de pagamentos da entidade retornariam para negócios do portfólio da Previ. Além disso, haveria a oferta de quartos para hospedagem de visitantes, proporcionando outra fonte de geração de receitas.
Ainda são estudos preliminares, estamos vendo o que poderíamos fazer com os nossos ativos", contou João Fukunaga, presidente da Previ. A fundação, que hoje completa 120 anos, analisa utilizar imóveis fechados ou subaproveitados do seu portfólio, no Rio, em São Paulo e em outras capitais. O possível investimento ainda não está quantificado. "O importante é que estamos aprofundando o sentido de associadocentrismo, incluindo atenção crescente à qualidade de vida, o que aumenta as expectativas de vida das pessoas."
Para os cuidados médicos, a Previ poderia buscar uma parceria com a Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil), que mantêm os planos de saúde dos funcionários do banco estatal, exemplificou o executivo.
"Há associados idosos que estão sozinhos, sem uma rede de apoio que atenda suas necessidades de saúde e proporcione uma vivência social saudável", diz João Fukunaga, presidente da Previ. "E nós temos prédios fechados."
Com patrimônio de R$ 272,4 bilhões, a Previ é a maior fundação de previdência complementar do país. A entidade foi fundada em 1904 como Caixa de Montepio dos Funcionários do Banco do Brasil, com 52 associados. Atualmente, são cerca de 200 mil. A entidade desenvolveu o primeiro modelo de previdência complementar do país.
Apenas vinte anos depois da fundação da Previ, uma nova legislação – a Lei Eloy Chaves – instituiu no Brasil as primeiras Caixas de Aposentadoria e Pensões para atender trabalhadores de ferrovias. Em 1934, o governo federal decretou a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB).