Economia

Previsão de deficit primário para 2016 sobe para R$ 155,5 bi, diz Prisma Fiscal

As expectativas dos analistas do mercado financeiro continuam se deteriorando mesmo com as políticas adotadas pela nova equipe econômica, sob o comando de Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda. As estimativas apontam que o governo central fechará o ano com um déficit de R$ 155,5 bilhões, ante uma previsão de R$ 134,178 no mês passado, informou nesta quinta-feira, 14, o Relatório Prisma Fiscal, divulgado mensalmente pela Pasta. A meta oficial do governo permite um rombo de R$ 170,5 bilhões para 2016.

Para o ano que vem, enquanto o governo prevê um déficit de R$ 139 bilhões para o governo central, o mercado também revisou suas estimativas e espera um resultado negativo de R$ 129,279 bilhões. No mês passado, a previsão era de que 2017 terminasse deficitário em R$ 104,843 bilhões.

Enquanto isso, o mercado se mostra um pouco mais otimista em relação a julho. Os analistas esperam que o resultado primário do governo central para esse mês seja negativo em R$ 14,557 bilhões, ante uma previsão de déficit de R$ 14,676 que tinham no relatório do mês passado. O cenário se inverte em agosto, quando as expectativas voltam a se deteriorar e há uma previsão de déficit de R$ 14,558 bilhões. O último relatório previa um déficit de R$ 12,706 bilhões para o mês que vem.

Pela primeira vez, o relatório trouxe um estimativa para setembro. Seguindo o movimento dos meses anteriores, os analistas esperam que o resultado seja negativo em R$ 15,705 bilhões.

Para basear a piora na expectativa de 2016, os analistas acreditam que a receita terá uma ligeira queda ante as previsões feitas no mês passado, e fechará o ano em R$ 1,085 trilhão. Enquanto isso, a despesa terá um aumento um pouco maior e a previsão é de que encerre o ano em R$ 1,228 trilhão. No relatório divulgado em junho, a estimativa era que de a despesa total do governo central fosse de R$ 1,225 trilhão. A arrecadação também apresentou uma pequena alta ante as estimativas anteriores e deverá fechar o ano em R$ 1,275 trilhão.

Enquanto isso, o mercado espera uma redução da relação da dívida bruta do governo central ante o Produto Interno Bruto (PIB). A nova previsão para a dívida bruta de 2016 é de 73,55% do PIB, em comparação com 74,35% do PIB do relatório passado.

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