Economia

Previsão para IPC-Fipe de setembro é revisada de 0,58% para 0,63%

Os grupos Alimentação, Transportes e Vestuário devem continuar pressionando a inflação paulistana até o fim do mês, avaliou nesta sexta-feira, 25, o gerente técnico de Pesquisas do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Moacir Mokem Yabiku. Por causa das pressões no IPC da terceira leitura de setembro, especialmente desses três grupos, a Fipe alterou a projeção para a inflação fechada do mês de 0,58% para 0,63%. “Em Alimentação, principalmente por causa de tubérculos (batata); em Transportes, devido à queda menor do etanol. Quanto a Vestuário, a pressão vem de roupas em geral, em razão da troca de coleção”, avaliou. Em setembro de 2014, o IPC foi de apenas 0,21%.

A classe de despesa de alimentos passou de deflação de 0,60% para recuo de 0,36% na terceira quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados na quarta-feira, 23), enquanto a alta em Transportes saiu de 0,05% para 0,10% e a de Vestuário atingiu 0,86% (ante 0,64%). O IPC-Fipe passou de 0,47% para 0,57% entre a segunda e a terceira apurações do mês.

O conjunto de preços de Habitação também deve ter influência de alta do IPC do fim do mês, disse Yabiku. Isso porque, disse, o paulistano ainda vai continuar sentindo no bolso os efeitos do reajuste de 15% no preço de gás de botijão, promovido recentemente. No IPC da terceira quadrissemana, o item variou 6,39% (ante 4,09%). O grupo Habitação, por sua vez, ficou em 1,30%. Outra taxa perto dessa marca foi registrada em Despesas Pessoais (1,30%).

A alta registrada em botijão de gás integrou a lista das maiores variações no IPC da terceira medição do mês. “As dez maiores contribuições do IPC estão ligadas, em geral, ao grupo serviços, e contribuíram com 73,55% do IPC”, disse.

Além de gás de botijão, o ranking conta ainda com energia elétrica (3,68%), telefone fixo (2,48%), telefone celular, conta/recarga (1,33%), passagem aérea (9,24%), água e esgoto (1,33%), pedreiro (2,26%), contrato de assistência médica (0,69%) e viagem/excursão (1,83%).

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