A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira, 26, que o segundo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas deve ser mais preciso que o divulgado na semana passada. "O segundo relatório sempre é mais claro. Pela nova regra, estimaremos a receita de acordo com os primeiros quatro meses, ver se houve aumento de receita e poderemos colocar no orçamento R$ 15 bilhões", afirmou.
Conforme mostrou o <i>Broadcast</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), nota elaborada pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara dos Deputados indica que, apesar de as projeções apresentadas pelo governo no Relatório Bimestral terem sido "marginalmente mais conservadoras", os números ainda continuam "otimistas". Entre os destaques, o Conof diz que os gastos com previdência estão subestimados.
Sobre o impacto na meta do resultado primário, caso haja aumento de despesas, Tebet disse que pode haver mudanças. Segundo a ministra, o relatório atual trabalha com os dados disponíveis, mas que a gestão "já deixou claro que há possibilidade de aumento de despesas", e os ajustes dependem de fatores ainda em discussão.
"Nós mesmos estamos preocupados e estamos alertando que poderá haver despesas muito maiores. Mas essas despesas, elas ainda não estão sacramentadas porque dependem do Congresso Nacional", disse ao citar matérias como o Perse, desoneração da folha e a contribuição patronal dos municípios, que interferem nas projeções de arrecadação.
As declarações foram dadas a jornalistas após evento na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).