O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 3, mostrou nova redução da mediana para a alta do IPCA – índice de inflação oficial – deste ano, enquanto a projeção para 2023 interrompeu a sequência de seis semanas de alívio e foi mantida em 5,00%, contra 5,27% quatro semanas antes.
Para 2022, a alteração foi de 5,88% para 5,74%, após a deflação de 0,37% no IPCA-15 de setembro. Foi a 14ª queda consecutiva da previsão. Há um mês, a mediana era de 6,61%.
Considerando somente as 64 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,77% para 5,65%. Para 2023, variou de 5,00% para 4,98%.
Apesar da melhora considerável nas últimas semanas, as medianas divulgadas na Focus continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta, após o descumprimento do mandado do Banco Central em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.
Já a mediana para o IPCA de 2024 foi mantida em 3,50%, contra 3,43% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 64 semanas atrás. A meta para ambos os anos é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom de setembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,8% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano, decretando o fim de seu mais longo ciclo de alta de juros.