Giorgia Meloni, a primeira-ministra da Itália, anunciou no domingo, 28 que vai disputar as eleições para o Parlamento Europeu em junho, com o partido Irmãos de Itália (HDI, na sigla em italiano), uma manobra que visa impulsionar o partido de extrema-direita.
"Estamos enfrentando uma batalha decisiva que não permite erros. Todos devemos estar preparados para fazer a nossa parte e eu, como sempre, pretendo fazer a minha. Decidi concorrer à frente das listas do HDI em todos os círculos eleitorais", afirmou Meloni em um evento eleitoral do seu partido na cidade de Pescara.
O partido de Meloni foi o mais votado nas eleições nacionais de 2022, com 26%, e as pesquisas apontam que deve obter um resultado similar nas eleições europeias de junho. Com Meloni no topo da lista, o partido pode aproveitar sua popularidade, embora as regras da União Europeia estabeleçam que um candidato vencedor que já ocupa um cargo ministerial deve renunciar imediatamente ao Parlamento do bloco.
Em um discurso inflamado no qual abordou vários temas, de barriga de aluguel até o Ramadã, Meloni destacou as conquistas da sua coalizão de governo em 18 meses, citando a luta contra a imigração irregular e a proteção das famílias e dos valores cristãos e afirmou que sua candidatura será como um plebiscito sobre a sua gestão. "Faço porque quero perguntar aos italianos se estão satisfeitos com o trabalho que estamos fazendo", declarou.
A primeira-ministra afirmou que "não gastará um único minuto de atividade governamental em campanha eleitoral". "Também defenderemos as nossas excelências, as nossas fronteiras e a nossa identidade na União Europeia. Também desta vez dirão que somos loucos, que é um desafio impossível de alcançar. Muitas vezes nos consideraram derrotados, disseram que estávamos destinados a desaparecer. Deixe-os falar", desafiou seus apoiadores.
As pesquisas – as mais recentes da Euromedia Research – mantêm o partido de Meloni na liderança, com cerca de 27% dos votos, em linha com os resultados das eleições gerais de outubro de 2022, seguido (20,3%) pelo PD e pelo Movimento Cinco Estrelas (16,8%). (Com agências internacionais).