Cidades

Primeiro dia útil é marcado por falta de informações e de cartões do BU

Mesmo com a presença de orientadores uniformizados nos terminais urbanos do Pimentas e São João e no Centro, a indignação dos passageiros era nítida

O primeiro dia útil do funcionamento do sistema Transurbano, que implantou o Bilhete Único em Guarulhos, foi marcado por muito confusão, desencontro de informações e falta de cartões do novo sistema para compra dos usuários. Mesmo com a presença de orientadores uniformizados nos terminais urbanos do Pimentas e São João e no Centro, a indignação dos passageiros era nítida, principalmente àqueles que não tinham o Bilhete Único e não encontravam unidades para adquirir.

Como o Terminal Urbano do Pimentas está em início de obras, a Prefeitura improvisou um corredor de ônibus às margens da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, por onde os ônibus e os micro-ônibus se revezavam no transporte dos passageiros.

Na cabine do fiscal, a reportagem foi informada que não havia cartões disponíveis para venda dentro dos ônibus, diferente do que foi divulgado pela Prefeitura à imprensa e à população. Uma lista indicava os postos de venda, mas o funcionário da empresa de ônibus não quis indicar onde os cartões poderiam ser encontrados. "Não posso confirmar, porque você pode chegar lá e não ter", disse.

Além da grande movimentação no terminal, obras de inversão de mãos e sinalização no asfalto da região, realizadas pela Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) contribuíram para a confusão no Pimentas.

Bilhete a R$ 6 – No Terminal Urbano do São João, o movimento era intenso e a reportagem flagrou um micro-ônibus funcionando com o letreiro apagado, apenas com uma cartolina informando o destino.

No local improvisado em uma praça, já que o Terminal Urbano também está em início de obras, com uma placar que informa o investimento total de R$ 6,9 milhões, uma funcionária com uniforme de cooperativa comercializava sozinha os cartões do Bilhete Único.

Quem tinha dinheiro trocado adquiria a unidade ao preço de R$ 5,80, valor fixado pela Prefeitura, mas quem não tinha pagava R$ 6, custo arcado pela reportagem para adquirir um bilhete.

O Guarulhos Hoje também notou a ausência de banheiro para os motoristas, cobradores e fiscais do local.

Divergências – A principal reclamação dos usuários é da falta de um planejamento para que passageiros que ainda não possuem o Bilhete Único possam utilizar outro ônibus pagando apenas uma passagem. Principalmente pelo fato de não encontrarem o cartão nos veículos.

Questionado pela reportagem no Terminal Pimentas, o funcionário João Eduardo de Oliveira informou que algumas exceções são abertas. Basta que o passageiro procure os orientadores que estes avisam o cobrador ou o motorista liberarem a entrada do usuário.

Na manhã e início da tarde de ontem, a reportagem encontrou muitos usuários insatisfeitos com o novo formato do sistema de transporte público da cidade. O guia de transporte Marcelo de Jesus, 31, bradava, enquanto caminhava no terminal Pimentas, sua insatisfação com as alterações. "Não há informações. Quando você pergunta para os fiscais e orientadores, eles só apontam para o lado e dizem ‘é para lá", relatou. Curiosamente, enquanto Jesus era entrevistado, o fiscal João Eduardo de Oliveira se aproximou e ofereceu informações.

A promotora de vendas Jardeliane Ionara, 27, se dizia cansada de esperar. "Está uma confusão para chegar ao meu trabalho, estou atrasada já. Anter, com um ônibus só, era bem mais rápido, gastava 30 minutos de casa para o trabalho. Agora estou meia-hora rodando que nem barata tonta", ironiza.

A assistente social Kátia Delafina, 37, conta que, no sábado, os cobradores estavam perdidos. "Eles não sabiam se cobravam a segunda passagem de quem não tinha cartão. Aliás, não há um mecanismo para quem usa dinheiro". Kátia ainda critica os terminais inacabados e a má organização da implantação do Bilhete Único.

O bombeiro Douglas Rodrigues, 32, morador do Cidade Soberana, é um dos que apontam falta de planejamento no novo sistema. "Tenho que pegar um micro-ônibus até o Terminal São João, cerca de 1 km de distância, depois pego outro ônibus até o Centro e outro até a Vila Galvão. Antes eu pagava R$ 2,90, agora terei que pagar mais, enquanto não tiver o cartão", detalha.

Já a analista de recursos humanos, Ana Paula de Souza, discorda da redução do tempo da viagem. "Domingo eu gastei uma hora e meia para chegar do Jardim Angélica até à Vila Galvão, antes o trajeto durava uma hora", exemplifica.

Já no Terminal São João, uma funcionária que não quis se identificar informou que não há exceções, ou seja, para realizar a integração, todos devem adquirir o cartão.

Usuários criticam divulgação mal feita pela Prefeitura

Na manhã e início da tarde de ontem, a reportagem encontrou muitos usuários insatisfeitos com o novo formato do sistema de transporte público da cidade. O guia de transporte Marcelo de Jesus, 31, bradava, enquanto caminhava no terminal Pimentas, sua insatisfação com as alterações. "Não há informações. Quando você pergunta para os fiscais e orientadores, eles só apontam para o lado e dizem ‘é para lá", relatou. Curiosamente, enquanto Jesus era entrevistado, o fiscal João Eduardo de Oliveira se aproximou e ofereceu informações.

A promotora de vendas Jardeliane Ionara, 27, se dizia cansada de esperar. "Está uma confusão para chegar ao meu trabalho, estou atrasada já. Anter, com um ônibus só, era bem mais rápido, gastava 30 minutos de casa para o trabalho. Agora estou meia-hora rodando que nem barata tonta", ironiza.

A assistente social Kátia Delafina, 37, conta que, no sábado, os cobradores estavam perdidos. "Eles não sabiam se cobravam a segunda passagem de quem não tinha cartão. Aliás, não há um mecanismo para quem usa dinheiro". Kátia ainda critica os terminais inacabados e a má organização da implantação do Bilhete Único.

O bombeiro Douglas Rodrigues, 32, morador do Cidade Soberana, é um dos que apontam falta de planejamento no novo sistema. "Tenho que pegar um micro-ônibus até o Terminal São João, cerca de 1 km de distância, depois pego outro ônibus até o Centro e outro até a Vila Galvão. Antes eu pagava R$ 2,90, agora terei que pagar mais, enquanto não tiver o cartão", detalha.

Já a analista de recursos humanos, Ana Paula de Souza, discorda da redução do tempo da viagem. "Domingo eu gastei uma hora e meia para chegar do Jardim Angélica até à Vila Galvão, antes o trajeto durava uma hora", exemplifica.

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