Estadão

Primeiro-ministro do Japão anuncia remanejamento de gabinete

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou um remanejamento em seu gabinete nesta quarta-feira, 10, numa aparente tentativa de distanciar sua administração da conservadora Igreja da Reunificação por seus supostos laços com o ex-premiê assassinado Shinzo Abe e altos membros do governista Partido Liberal Democrata.

O remanejamento já é o segundo desde que Kishida assumiu o poder, há apenas dez meses, e vem após a vitória eleitoral de julho, que, teoricamente, deveria garantir a estabilidade do governo até 2025. No entanto, o chocante assassinato de Abe, em 8 de julho, e suas consequências políticas geraram incertezas, à medida que o apoio popular ao gabinete de Kishida despencou.

Kishida disse a repórteres que uma "rigorosa revisão" dos laços de candidatos com a igreja será um "pré-requisito" para a formação do novo gabinete.

O premiê afirmou ainda que orientou seus ministros e outras autoridades a esclarecerem suas ligações com a Igreja da Reunificação "para que possamos realizar trabalhos políticos e administrativos que possam conquistar a confiança do povo".

Abe foi morto a tiros durante discurso de campanha, dois dias antes da eleição parlamentar de julho. Segundo a polícia e relatos da mídia, o homem que baleou Abe o teria feito pela suposta conexão do ex-premiê com a Igreja da Reunificação. Doações feitas à igreja pela mãe do agressor teriam arruinado sua família. Fonte: Associated Press.

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