Internacional

Principal conselheiro da Casa Branca volta a reclamar de fraude eleitoral

O principal conselheiro da Casa Branca, Stephen Miller, voltou a endossar, neste domingo, reivindicações de fraude eleitoral feitas pelo presidente Donald Trump e disse que a Casa Branca examinaria a questão “muito a sério e muito duramente”.

Em uma entrevista controversa para o programa de televisão “This Week”, da emissora ABC, o apresentador George Stephanopoulos pediu a Miller para fornecer provas sobre alegações de fraude eleitoral feitas por Trump, em reunião recente com senadores, sobre o Estado de New Hampshire.

“É muito real, é muito sério”, disse Miller, acrescentando que a questão era “amplamente conhecida” em New Hampshire. Ele disse também: “Esta manhã, neste show, não é o local para eu mostrar todas as provas.” No entanto, funcionários eleitorais do Estado e investigações independentes têm, repetidamente, subestimado a noção de que a ampla votação ilegal tem manchado resultados eleitorais.

Trump, no mês passado, pediu uma grande investigação para determinar se as eleições americanas foram contaminadas por fraude, seguindo sua afirmação de que as cédulas ilegais o privaram de uma vitória popular sobre a democrata Hillary Clinton. Em uma série de tweets, o presidente escreveu que queria determinar se os roteiros de eleitores incluem pessoas que estão mortas, registradas em dois Estados ou que residem nos Estados Unidos ilegalmente.

Trump não cumpriu seu pedido de investigação, mas em uma reunião com 10 senadores na semana passada, ele disse que ele e a ex-senadora de Nova Hampshire Kelly Ayotte – que perdeu sua candidatura à reeleição em novembro – teriam vencido no Estado, se não fosse por “milhares” de pessoas “trazidas em ônibus” de Massachusetts para votar “ilegalmente” no Estado, informou o site Politico.

Ayotte perdeu para Maggie Hassan, então governadora do Estado, por menos de 750 votos, enquanto Hillary foi declarada vencedora da corrida presidencial de New Hampshire. No domingo, Miller repetiu as afirmações específicas do presidente, dizendo que havia “milhões de pessoas que estão registradas em dois Estados ou que estão mortas e que estão registradas para votar”. Ele também disse que milhões de não-cidadãos foram registrados para votar.

O jornal Washington Post informou no mês passado que vários dos principais conselheiros de Trump – incluindo o estrategista-chefe, Steve Bannon, o assessor sênior Jared Kushner e o secretário de imprensa Sean Spicer – foram registrados para votar em dois Estados durante as eleições. Fonte: Dow Jones Newswires.

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