A Prio reportou lucro líquido de US$ 184,571 milhões (ex-IFRS-16) no segundo trimestre de 2023, alta de 32% na comparação com igual período de 2022, informou nesta quarta-feira, 2, a companhia.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado (ex-IFRS-16) entre abril e junho deste ano alcançou US$ 333,3 milhões, um aumento anual de 24%. A margem Ebitda ajustada ficou em 74% no segundo trimestre, alta de 3 pontos porcentuais na mesma base de comparação.
No segundo trimestre de 2023, a receita líquida atingiu US$ 532,4 milhões, 41% maior que a registrada em igual período de 2022. Esse resultado, segundo a Prio, "é reflexo de um aumento na produção e nas vendas, que cresceram 174% e 114%, respectivamente, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior".
O resultado financeiro (ex-IFRS 16) do trimestre ficou negativo em US$ 63,1 milhões versus US$ 35,7 milhões também negativos registrado um ano antes, impactado principalmente "por juros de empréstimos e financiamentos considerando a maior posição de dívidas, redução na receita financeira em consequência da menor posição de caixa e pagamentos de prêmio devido à contratação de hedges de Brent".
A dívida líquida da companhia fechou em US$ 1,512 bilhão ao final de junho, US$ 131 milhões menor que o primeiro trimestre do ano. Já a alavancagem encerrou o período em 1,1 vez a dívida líquida em relação ao Ebitda ajustado, mantendo o patamar anterior.
<b>Operacional</b>
O volume produzido no Campo de Frade aumentou em 244% no segundo trimestre na comparação anual e 50% ante o primeiro trimestre de 2023. Esse último aumento é explicado, segundo a companhia, pela estabilização de produção do poço MUP5, que entrou em produção em março e pelo início da produção do poço N5P2, que entrou em produção em abril. Ambos os poços são frutos do Plano de Revitalização de Frade.
No cluster Polvo e TBMT, o volume produzido no trimestre foi 41% maior que o registrado no trimestre anterior, devido à parada programada para manutenção realizada no cluster em março.
No trimestre, a Prio realizou a venda de 7,1 milhões de barris, sendo 4,1 milhões referentes ao Campo de Frade, 1,6 milhões no cluster Polvo e TBMT, e 1,4 milhões em Albacora Leste. O preço médio bruto de venda foi de US$ 77,67, redução de 28% do valor registrado um ano antes, devido principalmente à queda da cotação do Brent.
"Acreditamos que a melhor proteção contra a volatilidade do preço do Brent é a melhora de nosso custo operacional. Nesse sentido, atingimos o lifting cost médio de US$ 7,4/bbl, menor marca desde o início de nossas operações. Essa redução foi impulsionada pelo aumento da produção em Frade, pela normalização da produção no Cluster Polvo e TBMT e pela estabilização da produção e dos custos em Albacora Leste", explica a Prio em seu release de resultados, divulgado nesta quarta-feira.