Polícia

Prisões de estupradores aumentam 60% em São Paulo

As polícias do Estado de São Paulo prenderam, de janeiro a maio deste ano, 630 pessoas envolvidas em casos de estupros e estupros de vulneráveis. O número de estupradores presos é 60% maior que nos primeiros cinco meses de 2019, ano pré pandemia.

No mês de maio, esse dado é ainda maior. Em 2019, foram 28 presos; e em 2022 são 109. Um aumento de 289%. De acordo com análises dos registros dos boletins de ocorrência, houve um aumento de 53,1% dos casos em que a vítima e o autor tinham um vínculo e uma queda de 54,8% dos casos envolvendo desconhecidos.

Para acolher as vítimas desses crimes, estimular as denúncias e facilitar o registro das ocorrências, São Paulo vem expandindo o número de Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs). Atualmente, há a 139 DDMs no Estado – 11 delas funcionam dia e noite, de forma ininterrupta.

Além disso, 44 salas especializadas no atendimento das vítimas foram anexadas aos plantões policiais. Nelas a pessoa é atendida pela equipe da DDM online, por videoconferência. Até o final do ano, cerca de 100 novas salas deverão entrar em funcionamento no Estado.

Todas as delegacias paulistas estão aptas a registrar casos dessa natureza, com profissionais devidamente capacitados e orientados, que seguem o Protocolo Único de Atendimento. Após o registro do boletim de ocorrência, a vítima é encaminhada para os serviços de saúde disponíveis no município.

Atendimento médico e psicológico

Na região metropolitana de São Paulo, as vítimas de violência sexual contam com assistência na área da saúde do Hospital Pérola Byington, por meio do programa Bem-me-quer, uma parceria entre as secretarias de Estado da Saúde, da Segurança Pública e Procuradoria Geral do Estado.

Pioneira no país, a iniciativa oferece gratuitamente atendimento médico, assistência psicológica e jurídica e acompanhamento integral a mulheres e crianças vítimas de violência sexual.
Vivian Goltl

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