O projeto Procon Itinerante, que prestou apoio aos guarulhenses nesta quinta-feira, nas regiões do Centro e no Taboão, deve atender a população semanalmente em diferentes regiões da cidade. É o que promete o diretor do órgão, Jorge Wilson.
Apesar das chuvas terem impedido a montagem do stand itinerante também na Vila Galvão, como estava previsto, os consumidores puderam tirar suas dúvidas e realizar consultas com técnicos e advogados do Procon Guarulhos, que realizou cerca de 100 mil atendimentos durante o ano passado nas quatro unidades do órgão, nos bairros Centro, Cumbica, São João e Pimentas. "Tivemos uma média de 500 atendimentos diários", afirmou.
Segundo Wilson, que está concluindo o levantamento das empresas com maior número de ocorrências no ano passado, as reclamações continuam centralizadas em empresas de telefonia, concessionárias de energia, instituições financeiras e planos de saúde.
Dúvida – Entre as mais comuns estão questionamentos sobre taxas de juros e preços errados nas lojas. O operador de marketing Wellington de Oliveira, 25, que está em débito com uma instituição financeira considera abusivo o valor cobrado e buscou orientações. "Quero pagar, mas estão me cobrando o triplo do valor. "Me aconselharam a guardar dinheiro no banco para quitar a dívida, porque o banco não é obrigado a renegociar valores", contou.
Já o professor de física, Fernando Conceição, 43, levou uma situação de seu filho com uma universidade de São Paulo. "Ele quitou um boleto da faculdade e a administração não deu baixa no documento", relatou.
Conceição foi informado que a instituição não pode restringir o crédito do aluno e caberia até uma ação indenizatória. A orientação foi aceita e o professor afirmou que já iria ao Procon do Centro ontem mesmo. "Já precisei uma vez, quando tive um problema com entrega de um sofá e resolveu. Então, vou buscar meu filho no estágio e vamos atrás", prometeu.
Procedimento – O consumidor que se sentir lesado deve primeiramente tentar negociar a situação direto com o comércio envolvido. Caso não haja acordo, o mesmo pode procurar o Procon com a nota fiscal do produto, cópia de um documento de identidade (RG, CPF ou CNH), e uma carta-relato, onde contará objetivamente a situação.
Então, o Procon abrirá o processo administrativo contra a empresa, que será notificada e receberá um prazo para responder. Se, mesmo assim, o caso não for solucionado, ainda há a possibilidade da marcação de uma audiência no órgão, onde conciliadores tentarão regularizar entre as partes.