A demanda das empresas por crédito cresceu 5,8% em fevereiro ante janeiro, na série sem ajuste sazonal, informou a Serasa Experian, nesta terça-feira, 17. Na comparação com fevereiro de 2014, houve alta de 4,8% no Indicador de Demanda das Empresas por Crédito, enquanto, no primeiro bimestre, a expansão ficou em 5,6% sobre os dois primeiros meses do ano passado.
As micro e pequenas empresas puxaram a alta da busca por crédito no segundo mês de 2015, com avanço de 6,2% ante janeiro. Houve recuos tanto entre médias (-0,1%) como entre as grandes companhias (-1,3%) na margem. Na comparação interanual, a diferença é ainda maior. A procura dos micro e pequenos empreendimentos por fontes de financiamento avançou 5,9% ao passo que entre as grandes o nível caiu 3,7% e, entre as médias, recuou 11,5% na comparação com fevereiro de 2014.
Este movimento, analisam os economistas da Serasa Experian, pode indicar que as empresas de menor porte “estariam buscando outras fontes alternativas de financiamento, como o crédito mercantil, por exemplo”, diante do cenário econômico adverso e da maior seletividade do crédito.
Na análise por segmento de atividade, na passagem de janeiro para fevereiro, houve incremento na demanda por crédito na Indústria (3,6%), no Comércio (5,5%) e nos Serviços (6,6%). Em relação a fevereiro do ano passado, foi registrado recuo apenas na Indústria (-22,7%), enquanto houve alta nos Serviços (8,3%) e no Comércio (10,6%).
Sob a ótica geográfica, a busca das empresas por crédito cresceu em todas as regiões nas duas bases comparativas: No Nordeste o incremento foi de 2,9% na margem e de 2,1% na comparação interanual. No Norte, de 4,7% e de 5,8%, respectivamente. No Sul, de 6,2% ante janeiro e de 6,5% sobre fevereiro de 2014. No Sudeste, os avanços foram de 6,5% e 3,3%, nas mesmas bases comparativas. Já a região Centro-Oeste apresentou as altas mais expressivas, de 7,3%, na base mensal, e de 7,8%, na anual.
Metodologia
O indicador da Serasa é construído a partir de uma amostra de aproximadamente 1,2 milhão de CNPJs consultados mensalmente na base de dados da empresa. A quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e as instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100).