Limitada por restrições do combate à pandemia que obrigaram as fábricas a reduzir a jornada de trabalho, a produção de motos caiu 38,6% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, 58 mil motos foram produzidas no mês passado, com crescimento de 8,2% sobre a base fraca de janeiro. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira pela Abraciclo, entidade que representa as montadoras de motocicletas instaladas no polo industrial de Manaus, onde o sistema público de saúde entrou em colapso no início do ano com a falta de oxigênio em hospitais.
Além das restrições de funcionamento, a produção foi comprometida pela falta de peças nas linhas de montagem, fazendo com que a produção do primeiro bimestre, um total de 111,6 mil motos, fosse a menor, entre períodos equivalentes, em 21 anos.
Maior montadora de motos do País, a Honda suspendeu a produção entre 25 de janeiro e 3 de fevereiro, dando férias coletivas a operários e funcionários de áreas administrativas.
Ao comentar o resultado, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, disse que a adequação de turnos de trabalho nas fábricas para atender ao toque de recolher decretado pelo governo amazonense impediu que a curva de produção, em alta nos últimos meses de 2020, continuasse crescente.
Com o relaxamento das restrições em meados do mês passado, a intenção agora é acelerar a produção para reduzir a fila de espera por aproximadamente 150 mil motocicletas que se formou nas concessionárias.