A produção de químicos de uso industrial subiu 11,26%, as vendas internas cresceram 19,53% e o consumo aparente nacional (CAN), que mede o resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, teve alta de 10,8% em junho em comparação com maio. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Mesmo com a covid-19, no acumulado do segundo trimestre de 2020, na comparação com igual período do ano passado, o consumo teve elevação expressiva de 9,6%. Segundo a Abiquim, os produtos importados ganharam espaço na demanda pelos produtos químicos. Entre os meses de abril e junho as importações cresceram 32% em relação ao mesmo período de 2019. Na mesma base de comparação, o volume de produção caiu 15,10% e as vendas internas de produtos nacionais para o mercado local tiveram retração de 23,55%.
"A demanda está aquecida por insumos utilizados no combate e no tratamento da covid-19, como produtos para tratamento de água, produtos de limpeza, sanitizantes, gases medicinais, descartáveis hospitalares, embalagens de alimentos, detergentes/desinfetantes, medicamentos, entre tantos outros", explica a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
No acumulado do primeiro semestre do ano, o índice de produção recuou 7,74% e o de vendas internas caiu 11,59%, em comparação com o mesmo período de 2019. Em igual período de análise, o consumo aparente nacional teve alta de 6,8%, sobretudo por conta das importações, que mantiveram trajetória de crescimento apresentando acréscimo de 22,2%.
O índice médio de utilização da capacidade instalada no primeiro semestre do ano foi de 69%, abaixo da média do mesmo período de 2019, que foi de 71%.
Nos últimos 12 meses encerrados em junho, as importações ocuparam 46% do mercado doméstico, mantendo o maior nível histórico observado pela Abiquim em mais de 30 anos de análise.