A produção das montadoras subiu 7,4% na passagem de setembro para outubro, marcando, assim, o maior volume em 12 meses. No mês passado, 236,5 mil unidades – entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus – saíram das linhas de montagem, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira pela Anfavea, entidade que representa a indústria nacional de veículos.
Na comparação com outubro de 2019, contudo, a produção de veículos caiu 18%. De janeiro a outubro, a produção de 1,57 milhão de veículos significou um recuo de 38,5% em comparação aos dez primeiros meses de 2019.
Ao comentar o desempenho do setor, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, observou que, para aliviar o investimento em capital de giro, a indústria automotiva vem controlando a produção e operando com estoques "justos". "Não dá para produzir sem ter certeza da demanda. A indústria está atendendo à demanda, mas sem exagerar na produção para não ter dinheiro empatado em estoque", afirmou o executivo.
Os estoques de veículos em pátios de fábricas e concessionárias fecharam o mês passado com volume suficiente a 18 dias de venda, abaixo dos 20 dias de setembro. Moraes também informou que a cadeia vem sendo afetada por insuficiência de insumos, como aço, e aumento nos preços das matérias-primas.
Desagregando os números por segmento, foram fabricados 223,8 mil carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, uma alta de 7,2% frente a setembro. Ante outubro de 2019, houve queda de 18,5% nas linhas de montagem de carros.
A produção de caminhões, de 10,9 mil unidades no mês passado, subiu 15,6% no comparativo com setembro, mas recuou 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Completando a estatística divulgada hoje pela Anfavea, a produção ônibus, de 1,8 mil unidades em outubro, teve um recuo de 7,8% em relação ao número de setembro. Na comparação com outubro de 2019, a produção de coletivos caiu 31,8%.