Economia

Produção cresce em 15 dos 24 ramos pesquisados em outubro ante setembro, diz IBGE

A produção industrial cresceu em 15 dos 24 ramos pesquisados na passagem de setembro para outubro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As principais influências positivas foram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (20,3%) e bebidas (4,8%), ambos revertendo os resultados negativos registrados no mês anterior: -19,7% e -0,7%, respectivamente.

“O setor de farmoquímicos tem uma volatilidade acentuada. As empresas oscilam entre importação de insumos e fabricação de produtos prontos”, relativizou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Quanto ao setor de bebidas, há uma elevação na produção sazonal, por conta do aumento da demanda no fim do ano.

Outras contribuições positivas foram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,3%), metalurgia (1,6%), máquinas e equipamentos (1,3%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,8%).

Entre os nove ramos que reduziram a produção no mês, os produtos alimentícios (-5,7%) foram os que mais impactaram negativamente a alta da indústria.

“Tem uma queda importante do item açúcar na passagem de setembro para outubro. O volume maior de chuvas atrapalhou o processamento da cana-de-açúcar. E houve maior destino da produção da cana para álcool em vez de açúcar”, justificou Macedo. “Isso tem influência do ganho de competitividade do etanol em relação à gasolina sim”, completou.

Os demais impactos negativos importantes ocorreram nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,2%).

Comparação interanual

A produção cresceu em 22 dos 26 ramos industriais em outubro ante o mesmo mês de 2016, segundo os dados do IBGE.

O mês de outubro de 2017 teve um dia útil a mais que igual mês do ano anterior, o que ajudou no bom desempenho. Os resultados positivos alcançaram todas as categorias de uso, 61 dos 79 grupos e 61,9% dos 805 produtos pesquisados.

O aumento na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%) exerceu a maior influência positiva sobre a média da indústria, impulsionada por automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças.

Outras contribuições positivas relevantes foram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22,0%), de indústrias extrativas (3,1%), de máquinas e equipamentos (8,3%), de metalurgia (6,5%), de produtos de borracha e de material plástico (9,9%), de bebidas (8,3%), de artigos do vestuário e acessórios (11,8%), de outros produtos químicos (4,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (16,9%), de móveis (17,8%), de produtos têxteis (7,9%) e de produtos de madeira (8,6%).

Na direção oposta, entre as quatro atividades que reduziram a produção, a principal influência negativa foi de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%).

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