A produção da indústria brasileira de transformados plásticos caiu 8,7% em 2015 na comparação com 2014, para 6,1 milhões de toneladas de artefatos plásticos. “Essa queda foi a pior já enfrentada pelo setor desde a crise iniciada em setembro de 2008, que apresentou sérios reflexos no mercado mundial e brasileiro durante o ano de 2009, período em que a produção do setor recuou 13,3%”, avaliou a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
A associação compara os números com a indústria brasileira de transformação, no qual a queda foi de 9,9%, com fortes recuos em setores demandantes de plástico, como automotivo (-25%), alimentos (-2,4%) bebidas (-5,4%), eletroeletrônicos (-30%) e higiene e perfumaria (-3,8%).
As exportações da indústria de plástico subiram 8,8% no ano passado. Apesar do direcionamento da produção para o mercado externo favorecer o setor, a Abiplast chama atenção para o aumento dos custos e dos preços das matérias-primas com a valorização do dólar.
De acordo com José Roriz Coelho, presidente da Abiplast, a conjunção de queda nos volumes produzidos, e a baixa expectativa do empresário quanto ao retorno do crescimento econômico resultam em um dos mais dramáticos sinais da crise enfrentada pelo setor: o fechamento de quase 30 mil postos de trabalho.
Para 2016, a Abiplast projeta um recuo de 3,5% da produção e 1,3% no emprego. As exportações, por outro lado, devem avançar 12%.