A Petrobras produziu um total de 2,146 milhões de barris por dia de petróleo e LGN no Brasil e no exterior no primeiro trimestre deste ano, o que representa recuo de cerca de 5% em relação a igual intervalo do ano anterior. Na comparação aos três meses imediatamente anteriores, esse número teve ligeira queda de 2%.
A produção de gás natural, por sua vez, chegou a 534 mil barris por dia, com leve diminuição de 4% na relação anual e em linha com os últimos três meses de 2017.
De acordo com a petroleira, a produção de petróleo, LGN e gás natural se reduziu na comparação com o mesmo período do ano anterior, principalmente devido ao encerramento do Sistema de Produção Antecipada de Búzios, à parada para manutenção no FPSO Capixaba, à venda do campo de Lapa e à parada de poços na P-25.
Custo de extração
O custo de extração (lifting cost) da Petrobras no Brasil sem a participação governamental ficou em US$ 11,51 o barril no primeiro trimestre deste ano, acima dos US$ 10,83 o barril apurados no mesmo intervalo de 2017 e superior também aos US$ 11,28 o barril reportados no quarto trimestre do ano passado.
Com a participação governamental, o custo foi de US$ 23,58 o barril, ante US$ 20,38 o barril em igual intervalo do ano anterior e US$ 22,02 o barril no último trimestre do ano passado.
Venda de derivados
A Petrobras vendeu um total de 1,768 milhão de barris por dia de derivados no primeiro trimestre deste ano, ante 1,951 milhão de barris no mesmo intervalo de 2017 e 1,885 milhão no quarto trimestre de 2017.
As vendas totais no mercado externo, englobando exportação de petróleo, derivados e outros, por sua vez, somaram 957 mil barris por dia, ante 1,024 milhão de barris por dia na relação anual e 796 mil barris por dia no último trimestre de 2017.
Preço de derivados
O preço de derivados básicos comercializados pela petroleira no mercado interno no primeiro trimestre foi de R$ 255,61 o barril, ante R$ 227,62 o barril um ano antes e R$ 246,29 o barril no quarto trimestre de 2017. A elevação na comparação anual foi de 12%, ao passo que na trimestral ficou em 4%.
No primeiro trimestre, o preço do Brent chegou a R$ 216,51 o barril, o que implica valorização de 28% ante igual período de 2017 e de 9% na comparação trimestral. Em dólares, o Brent atingiu US$ 66,76, com aumento de 24% na relação anual e de 9% na trimestral.
O preço de venda do petróleo praticado no Brasil foi de US$ 62,27 o barril, ante US$ 50,70 um ano antes e US$ 55,82 no quarto trimestre de 2017. A elevação foi de 23% na comparação anual e de 12% na trimestral.
O preço do gás natural chegou a US$ 40,10 por barril, com avanço de 11% na relação anual e de 4% na trimestral.
Itens especiais
Os itens especiais renderam R$ 2,712 bilhões à Petrobras no primeiro trimestre deste ano, ante perda de R$ 542 milhões no mesmo intervalo de 2017. O montante foi impulsionado pela alienação e baixa de ativos, de R$ 3,261 bilhões. Apenas a venda de Lapa, Iara e Carcará renderam de R$ 3,223 bilhões.
A estatal também coloca no seu balanço, em itens especiais, a receita com multa contratual pela não concretização da venda da Liquigás para o Grupo Ultra, no valor de R$ 286 milhões.
Por outro lado, a Petrobras teve “perdas de crédito esperadas referentes ao setor elétrico” no valor de R$ 408 milhões, ante ganho de R$ 109 milhões no mesmo trimestre de 2017. A petroleira também perdeu R$ 261 milhões com contingência judiciais. No mesmo trimestre de 2017, no entanto, havia perdido R$ 645 milhões. Os impairments de ativos resultaram em R$ 64 milhões de perdas, ante R$ 42 milhões negativos entre janeiro e março de 2017.
No primeiro trimestre, a Petrobras aderiu a programas de anistias de débitos de ICMS administrados pelos Estados do Rio Grande do Norte e Tocantins, o que resultou em um custo adicional de R$ 80 milhões para a empresa.
Por fim, a Petrobras teve um custo de R$ 23 milhões com seu plano de demissão incentivado (PIDV), ante R$ 275 milhões positivos no mesmo período de 2017.