A produção industrial subiu 0,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quinta-feira, 2, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 1,50% a expansão de 0,40%, com mediana negativa de 0,90%.
Em relação a abril de 2015, a produção caiu 7,2%. Nesta comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de retração de 10,52% a 6,10%, com mediana negativa de 8,70%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 10,5%. Em 12 meses, o recuo é de 9,6%.
Segmentos
A produção da indústria de bens de capital subiu 1,2% em abril ante março, informou o IBGE. Na comparação com abril de 2015, o indicador mostra queda de 16,5%.
No acumulado de 2016, houve queda de 25,9% na produção de bens de capital. Em 12 meses, o resultado é de retração de 27,9%.
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 0,9% na passagem de março para abril. Na comparação com abril de 2015, houve recuo de 4,0%. No acumulado do ano, a queda é de 8,3%, enquanto a taxa em 12 meses é de recuo de 9,3%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de abril foi de redução de 4,4% ante março, e queda de 23,7% em relação a abril de 2015. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve diminuição de 0,6% na produção em abril ante março, e avanço de 1,9% na comparação com abril do ano passado.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve alta de 0,5% em abril ante março. Em relação a abril do ano passado, houve redução de 7,5%. No acumulado do ano, houve queda de 9,6%, enquanto a taxa em 12 meses ficou negativa em 7,3%.
O índice de Média Móvel Trimestral da indústria ficou negativa em 0,5% em abril.
Revisões
O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de fevereiro ante janeiro, de -2,7% para -2,9%.
A produção de bens de capital também foi revista, de 2,2% para 3,0% em março ante fevereiro. Já a fabricação de bens intermediários no período saiu de 0,1% para -0,1%, enquanto a produção de bens de consumo duráveis passou de 0,3% para -0,3%.