A produção industrial operava em abril de 2023 em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em apenas cinco dos 15 locais pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em São Paulo, maior parque industrial do País, a produção estava 3,2% abaixo do pré-pandemia. Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Mato Grosso (12,9% acima do pré-pandemia), Minas Gerais (8,0%), Rio de Janeiro (3,8%), Amazonas (1,6%) e Santa Catarina (0,2%).
Na média nacional, a indústria brasileira operava em patamar 2,0% abaixo do pré-crise sanitária.
Os dez locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Goiás (-2,0%), Paraná (-3,2%), Rio Grande do Sul (-1,9%), São Paulo (-3,2%), Espírito Santo (-13,8%), Ceará (-15,6%), Pernambuco (-5,6%), Nordeste (-15,4%), Pará (-14,7%) e Bahia (-19,1%).
A produção encolheu em 10 dos 15 locais pesquisados em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Na média global, a indústria recuou 0,6%.
"Esse espalhamento regional da retração da indústria é reflexo de uma atmosfera ainda de incertezas no setor", justificou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial. "A conjuntura que o país atravessa, uma inflação ainda elevada, um desemprego ainda em um patamar considerado alto, com contratações ainda aquém do necessário impacta diretamente o poder de compra das famílias, e por consequência, a cadeia produtiva da indústria", acrescentou.
Em São Paulo, a produção teve retração de 0,2%, puxada pelas atividades de veículos, de máquinas e equipamentos e de produtos químicos. A indústria paulista se mantém 24,9% abaixo do patamar mais alto da série, alcançado em março de 2011.