Política

PRODUTIVISMO – Planejamento para correção de distorções históricas

Trabalho sobre o Produtivismo, desenvolvido pelo deputado federal Carlos Roberto (PSDB)

Produzir mais, melhor e mais barato:

o caminho para garantir o

desenvolvimento sustentável do Brasil.

 

Atrelado ao Plano Nacional de Transportes, o Produtivismo defende uma grande reformulação no sistema de logística, a fim de que haja maior inteligência na distribuição de peças e equipamentos dentro da cadeia produtiva nacional. Como o Brasil tem dimensões continentais, é comum uma peça produzida – por exemplo – na região Sul ou Sudeste do país, onde se concentram as maiores indústrias, ser transportada até as regiões Norte ou Nordeste para ser utilizada numa máquina ou equipamento, por outras empresas que migraram para estes locais atrás de incentivos e isenções fiscais, para – depois – após serem inseridas em um conjunto maior seguirem de volta a seus estados de origem, onde está boa parte do mercado consumidor.

 

Um exemplo crasso deste tipo de procedimento ocorre na Zona Franca de Manaus, criada para industrializar a região Amazônica, a partir de incentivos e isenções fiscais. Como se trata de um local completamente isolado do restante do país, os custos de transportes até lá (somente via fluvial ou aérea) são altíssimos. No entanto, mesmo assim, empresas do eixo SP, RJ, MG, naturalmente grandes fornecedores de peças, acabam “exportando” sua produção para dentro do próprio país.

 

Isso ocorre também em outras regiões, graças às constantes guerras tributárias criadas entre os mais diferentes estados da União. A partir de um conceito equivocado que atrela o desenvolvimento de uma região a seu grau de industrialização, ao longo do tempo, diversos administradores públicos deixaram de lado as características e vocações econômicas de suas cidades e priorizaram a atração de grandes conglomerados industriais. Muitas empresas passaram a migrar para outros estados, sem – no entanto – levar junto seus principais fornecedores. Isso acaba encarecendo a produção e prejudicando o setor produtivo, que se vê obrigado a incluir em seus preços os valores de transportes e logística.

 

O Produtivismo defende um plano de equalização na política de incentivos fiscais por parte dos estados, para evitar que essa descentralização da indústria, por mais que promova ilhas de desenvolvimento isoladas pelo país, sirva como mais um inibidor do desenvolvimento do Brasil. Em contrapartida, a União deve servir como agente fomentador para a promoção e exaltação das vocações regionais.

 

A industrialização de determinadas regiões deve priorizar áreas que sejam consonantes com as características próprias. Não há sentido um Estado, com imensas riquezas naturais, deixar de lado os investimentos em turismo receptivo, por exemplo, para receber uma grande empresa do setor automotivo. Nestas áreas, pode haver sim incentivos – se houver real demanda – para a instalação de determinadas indústrias, previamente identificadas, que beneficiem matérias primas da própria região, como por exemplo processadoras de alimentos, agroindústria, entre outras.

 

 

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