Produzir mais, melhor e mais barato:
o caminho para garantir o
desenvolvimento sustentável do Brasil.
O Brasil sofre de uma crise de produção. O governo federal, no afã de resolver problemas pontuais e gerar recursos para custear a inchada máquina pública e assim garantir espaços que permitam a manutenção do atual grupo no poder, deixa de lado programas que visam incentivar a produção em suas mais diferentes vertentes. Não há um projeto para o país. Existem apenas soluções isoladas para resolver – muitas vezes sem sucesso – problemas setoriais sem se preocupar com o todo.
O Produtivismo, que se baseia no tripé “produzir mais, melhor e mais barato”, pode ser aplicado nos mais diferentes processos produtivos, desde a extração mineral, a agricultura, a pecuária, o agronegócio, a indústria, chegando até os setores de serviços. Não se trata de um conceito pontual, mas sim de diretrizes que servem para nortear um projeto de governo que reúna um conjunto de ações a serem aplicadas nas mais diferentes áreas, visando o estímulo incessante à produção e à geração de riqueza, com base na distribuição social de renda. O princípio de produzir “mais, melhor e mais barato” se traduz no emprego de soluções simples para problemas complexos do País.
Diante da evolução tecnológica, não se pode considerar o ser humano como uma máquina motriz, em que prevalece sua força física. Diferente disso, há que se privilegiar os valores intelectuais. Desta maneira, o Produtivismo defende que a formação e capacitação profissional devam ser encaradas como prioridades desde a educação de base, sempre se respeitando as identidades e particularidades regionais, levando-se em consideração as características e vocações locais.
O Produtivismo não pretende interferir nos processos produtivos já estabelecidos, dentro de uma cadeia bastante solidificada. Mas pode e deve contribuir no sentido de se tornar uma referência em soluções sobre questões que cercam o processo produtivo e que atrapalham a produção e, por consequência, o desenvolvimento do país, interferindo diretamente da vida das pessoas.
Neste sentido, apresentam-se aqui alguns exemplos de soluções simples que podem ser adotadas em diferentes áreas, partindo da educação, passando por métodos e logística, por meio de sugestões de aplicações ou mesmo mudanças culturais, como forma de promover o ato produtivo em si. Afinal, as empresas devem se concentrar em seus objetivos fins, sem perder energia com ações acessórias que podem ser realizadas com a efetiva participação do poder público.
O Brasil, a partir do Produtivismo, reúne todas as condições para deixar de figurar como um mero exportador de comodities e assim marcar presença entre os grandes fornecedores de produtos industrializados ao mercado exterior. A riqueza de recursos naturais e capacidade industrial do País o credenciam não apenas para estar entre os mais importantes impulsionadores da economia mundial, mas o coloca em vantagem até sobre outros países desenvolvidos.
A defesa da bandeira do Produtivismo se justifica pela capacidade de aplicação de soluções simples para problemas complexos que envolvem todos os setores de produção e organização da sociedade – o que requer, em muitos casos, mais criatividade na utilização dos recursos do que o investimento propriamente dito. A afirmação pode ser ilustrada a partir dos feitos do criador da Apple, Steve Jobs, uma referência do universo industrial. Os produtos da empresa, independente de toda a complexidade empregada em seus sistemas, apresentam resultados simples, primando pela funcionalidade de sua utilização.
