O professor Gustavo Montalvão Freixo, de 31 anos, denunciado à Justiça por estupro de vulnerável, indução ao uso de drogas e tráfico, deixou a casa em que mora por orientação do seu advogado, Fernando Drummond. “A partir da (publicação da) notícia eu pedi a ele que saísse de casa. Já havia ameaças em relação a ele antes. E acredito que isso (a publicação da reportagem) possa acirrar um pouco mais. Eu temo pela vida dele”, afirmou o advogado.
Drummond contou ainda que o carro de uma de suas assistentes foi apedrejado quando ela acompanhava o professor em depoimento prestado na 38.ª Delegacia de Polícia (Brás de Pina), no mês passado. “Não só ele como nós advogados fomos ameaçados. Não sei por quem, mas jogaram pedra no carro.”
Na denúncia à Justiça, o promotor Alexandre Themístocles escreve que o professor forneceu lâminas de LSD para seis estudantes, com idades entre 13 e 15 anos, e fez sexo com uma das meninas, de 14. O encontro teria ocorrido na casa de um dos rapazes, em 9 de outubro, para onde o professor teria ido sob pretexto de dar uma “aula extra”.
De acordo com Drummond, o professor “nega os fatos”. “Não conheço o inteiro teor da denúncia oferecida. O que eu posso dizer é que ele nega os fatos. O que ele tinha era uma proximidade com os alunos”, afirmou o advogado.
Drummond disse ainda que causa “certa estranheza” que não haja laudo pericial no inquérito, “que nesse tipo de caso é determinante”. Os estudantes passaram por exame de corpo de delito e de urina. Os laudos serão anexados ao processo quando estiverem prontos, informou a polícia.