Os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram em assembleia nesta sexta-feira, 24, a continuidade da greve, que começou no dia 16. Após reunião, os manifestantes seguiram em marcha pelas ruas do centro da capital paulista e chegaram a fechar a Rua da Consolação e a Avenida Ipiranga.
Depois de uma tentativa de invasão ao prédio da secretária estadual de Educação na última quinta-feira, 23, a Polícia Militar faz um cordão de isolamento em todo o prédio. Manifestantes dizem que vão “abraçar” o prédio.
A direção da Apeoesp – principal sindicato da categoria – calcula que 50 mil pessoas participem do protesto. Já a PM informou que o ato conta com cerca de 15 mil pessoas.
O professor de matemática Ailton Alcântara, de 40 anos, disse que lamenta o sucateamento da educação no Estado. “Os salários são baixos, as salas superlotadas. É o legado para as próximas gerações”.
Lúcia de Oliveira, professora de português, disse estar cansada da desvalorização que sofre. “Tenho alunos no ensino médio que ganham mais do que eu”.