Professores de artes que atuam na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede municipal participaram na noite da última terça-feira (23) de vivências na abertura da exposição Retratistas do Morro, no Sesc Guarulhos. Em exibição até o dia 25 de agosto, a mostra conta com 340 imagens dos fotógrafos Afonso Pimenta e João Mendes, presentes no evento de abertura, registradas entre os anos de 1960 e 1990.
Com curadoria do pesquisador e artista visual Guilherme Cunha, Retratistas do Morro revela o aspecto sociopolítico e cultural do Aglomerado da Serra, região sul de Belo Horizonte (MG), em um conjunto de imagens com cores vivas e vibrantes que remetem os visitantes a seu próprio convívio íntimo e familiar.
Além da visita à exposição, os professores também tiveram a oportunidade de participar da vivência Máquina de Desenho, atividade desenvolvida pelo coletivo Cidade Invertida. Os participantes foram convidados a passear pela história da arte de forma prática e experimentar um jeito diferente de desenhar.
“Enquanto eu estava fazendo o desenho de uma colega percebi que essa atividade poderia ser trabalhada na escola, principalmente com os alunos da EJA, já que ela permite a observação de diferentes proporções e tamanhos de rostos, uns mais compridos, outros mais afinados. Os alunos das turmas de EJA têm que vencer muitas barreiras e o trabalho com o desenho é sempre divertido e traz resultados inusitados, e isso mostra que eles não precisam ter medo de se expressar”, contou Mônica Bittencourt, professora de artes dos ciclos I e II das EPGs Silvia de Cássia Matias e José Maurício de Oliveira.
Durante a atividade o grupo de professores teve ainda a oportunidade de prestigiar discotecagem do DJ Hum, pioneiro do hip hop no Brasil, e show da banda Chic in Soul, que apresentou clássicos consagrados dos bailes black dos anos 1970 e 80 no Brasil.
A visita dos professores à exposição Retratistas do Morro é uma das ações formativas da Secretaria de Educação, que objetiva ampliar o repertório dos educadores para a promoção da igualdade racial e de gênero. Dentre as ações formativas destacam-se ainda a apreciação e a ressignificação do acervo coletivo e pessoal dos educandos.