Com a rejeição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da liminar que impedia o cumprimento da lei federal que instituiu novas regras para a educação no Brasil, os professores das redes municipal e estadual esperam o cumprimento pleno da legislação. A principal mudança aguardada pelos servidores é a redução da jornada de trabalho.
Um professor que dê 40 horas de aulas semanais poderá destinar um terço do tempo para a preparação do conteúdo. Isso significa que o educador estudaria 13 horas para dar aulas durante 27 horas. Essa alteração deve obrigar tanto Estado como município a contratarem novos profissionais.
Segundo a diretora executiva do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, Eliana Nunes, quanto mais tempo o professor tiver para preparar as aulas, melhor será a qualidade da educação. "O professor precisa de tempo para se atualizar. O que temos hoje em dia é tempo mínimo de preparação das aulas e salas superlotadas", diz. O professor Casemiro Jorge Pereira, da rede municipal, também torce por mudanças. "Precisamos de mais tempo para corrigir provas e trabalhos", diz.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirma que analisa a decisão do STF para depois se manifestar. Já a Secretaria de Estado da Educação explica que estuda, junto com outros estados, uma solução conjunta no Conselho Nacional de Secretários de Educação.