Minutos antes da abertura da 15.ª Festa Literária Internacional de Paraty, nesta quarta-feira, 26, cerca de 30 professores e educadores do Rio protestaram contra o governo do Estado reivindicando melhores condições e mais verbas para educação. Os manifestantes seguravam um cartaz com os dizeres “Triste Fim de milhares de Lima Barreto”, em alusão ao homenageado da Flip.
“O governo do Estado mantém aposentados e pensionistas sem salários há meses, e também protestamos contra o fechamento de escolas e a redução de turmas”, explicou a professora Camila Wernech, de 27 anos. “A Uerj também passa por um processo de sucateamento inaceitável.”
Segundo ela, servidores e funcionários do Estado que trabalham nas escolas, que já têm um salário medíocre, vivem agora em situação análoga à escravidão. “Viemos reivindicar a mudança nessa situação”, disse.
O governador do Rio esteve em Brasília nos últimos dias para negociar um empréstimo do governo federal, que deve priorizar a área da segurança pública. Pezão chegou a afirmar que a assinatura do acordo com o Planalto (R$ 3,5 bilhões, no total) será feita no dia 1º de agosto.
“Estamos aqui pagando quarto para dormir enquanto Pezão gasta R$ 11 mil para ficar num spa”, disse uma protestante em Paraty, antes de puxar um grito de “Fora, Pezão!”.