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Professores protestam e decidem manter greve em SP

Os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram na tarde desta sexta-feira a manutenção da greve que teve início na última segunda-feira. Sob chuva intensa, os docentes tomaram a decisão em assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central da capital.

Após reunião da assembleia, que reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e 40 mil, segundo o Sindicato de Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), eles seguiram em marcha até a Praça da República. Por volta das 16h25, o ato chegou à Rua da Consolação, interditando o sentido centro. Parte dos comerciantes preferiu fechar as portas, o que causou reação da presidente do sindicato, Izabel Noronha. “Nunca houve nenhuma depredação em nossas marchas. Aqui estão educadores, professores, alunos e diretores”, disse.

Diversos ônibus de cidades do interior deixaram os grevistas em áreas próximas ao local. A principal reivindicação dos professores é aumento de 75,33% no salário, para equiparação com outras carreiras com ensino superior. O governo estadual alega que o salário dos docentes, de R$ 2.415,89, é 25% superior ao piso nacional, de R$ 1.917,78.

Além de pedir reajuste no salário, os professores têm reclamado de superlotação nas salas de aula, falta de materiais de limpeza, de água e até de papel higiênico. “O diretor é que, às vezes, tira do próprio bolso para comprar”, contou a professora Rose Cucci, de 44 anos, que disse trabalhar na E.E. Walfredo Arantes Caldas, zona leste.

A Apeoesp estima que 137,5 mil professores estejam em greve – 59% da rede. Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informou que, “na semana entre os dias 13 e 19 de março, a média de comparecimento dos professores nas escolas estaduais ficou em 96%”. De acordo com a subsecretária de articulação regional da secretaria, Raquel Volpato, as faltas pontuais “estão sendo repostas por meio de um banco de 35 mil professores substitutos”. A secretaria informou ainda que “mantém uma comissão paritária, formada por representantes do governo, sindicatos e outras entidades profissionais, para discutir a carreira do magistério paulista”.

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