Cidades

Professores querem que unidade da Unifesp deixe Guarulhos

A unidade é isolada geográfica e culturalmente, não acrescenta nada à região onde está, no bairro dos Pimentas, dificulta o acesso à maioria dos funcionários e alunos

Professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do campus de Guarulhos, pressionam a reitoria para que a unidade se mude da cidade. Um dossiê, com 18 páginas, foi entregue ao reitor Walter Albertoni na semana passada. Entre as reclamações citadas no documento, consta que a unidade é isolada geográfica e culturalmente, não acrescenta nada à região onde está, no bairro dos Pimentas, dificulta o acesso à maioria dos funcionários e alunos, colaborando para os altos índices de abandono e que a localização prejudica as ambições de excelência do campus.

"A dificuldade extrema de acesso ao campus Guarulhos impede que os alunos recebam devidamente a formação concebida pelo projeto acadêmico original da EFLCH (Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). A EFLCH foi fundada para cumprir seu projeto acadêmico original; não para atender às urgências do bairro dos Pimentas", cita o dossiê que não foi assinado, pois os professores temem represálias.

Docentes citam também a demora na entrega do prédio principal, que deveria ter sido inaugurado no segundo semestre de 2010, e que ainda nem saiu do chão. Com 20.000 metros quadrados, ele abrigará 44 salas de aula, 22 gabinetes de pesquisa, refeitório e biblioteca. Se tudo ocorrer conforme a nova previsão, alunos e professores poderão utilizar o prédio principal no final de 2015, cinco anos depois do esperado.

Questionada, a assessoria de imprensa da Unifesp informou que o campus é de Guarulhos. E o que é colocado para debate é a pertinência ou não da EFLCH, mas que uma comissão foi indicada para organizar a dinâmica do debate que deverá ter a estrutura de um seminário a respeito do tema.

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