Ao longo desta semana os professores das Escolas da Prefeitura de Guarulhos (EPGs) César Lattes, Rubem Alves, Dolores Gilabel e Heraldo Evans receberam formação para o projeto Futebol de Rua em parceria com a Fundação Barcelona, no CEU Continental. A iniciativa objetiva atender grupos formados por crianças com e sem deficiência no contraturno escolar ao utilizar o esporte como ferramenta socioeducativa para trabalhar valores positivos por meio da diversidade e da inclusão.
O projeto conta com o apoio da Fundação Abertis e Arteris e visa a atender cerca de 130 alunos. A formação envolveu os professores do atendimento educacional especializado, da educação especial e gestores das quatro unidades participantes.
“Desde 2019 o projeto Futebol de Rua atua em Guarulhos e melhora a vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Assim como a Fundação Barça, o projeto desenvolve ações de prevenção da violência em parceria com o programa Escola 360 em todos os CEUs da cidade. A partir de agora temos a oportunidade de atingir também as crianças com deficiência e reforçar a autonomia desses educandos na perspectiva da educação inclusiva”, destacou Solange Turgante Adamoli, diretora de Orientações Educacionais e Pedagógicas de Guarulhos, sobre a importância da expansão do projeto na rede municipal de ensino.
Inclusão social
As atividades físicas e os esportes coletivos serão realizados em escolas e espaços educativos acessíveis aos educandos, como pátios, quadras poliesportivas, entre outros. Durante as atividades serão desenvolvidos jogos lúdicos e cooperativos, partidas em três tempos (construção de regras próprias para cada jogo) e espaços de reflexão.
A coordenadora técnica e metodológica da Fundação Barça no Brasil, Rayana Santuchi, destacou o foco do projeto. “É importante criar oportunidades para todas as crianças, por isso, os projetos de diversidade da Fundação Barça têm como base três premissas para que isso aconteça: presença, participação e progresso”.
Já o coordenador metodológico do Instituto Futebol de Rua, Eber Dartora, reforçou que a ação depende do acolhimento dos gestores, de espaços que contribuam para o processo formativo, além do diálogo com todos envolvidos por meio de estratégias e parcerias com a comunidade local. “Acreditamos que a educação não se faz somente com os conteúdos das disciplinas, mas também pela oportunidade de vivenciar a infância, o ato de brincar e se divertir. O projeto ajuda na conscientização dos alunos, que muitas vezes têm um comportamento violento dentro das escolas, no convívio com os colegas e professores, dentre outras situações que os estudantes vivenciam”.