O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, que assumiu o cargo nesta terça-feira, 06, disse que o programa de concessões de grandes aeroportos para a iniciativa privada vai continuar em 2015, mas não detalhou quais os próximos empreendimentos que serão leiloados.
“Ainda não há decisão sobre os próximos aeroportos que serão concedidos. Primeiro vamos definir a cesta de aeroportos para concessão”, afirmou. Segundo ele, a nova modelagem pode trazer um “mix” de aeroportos mais e menos lucrativos em cada lote. “Podemos compensar os aeroportos com maior potencial de lucro com outros de menor potencial. Mas são estudos preliminares”, completou.
Para Padilha, a prioridade no momento é a conclusão das obras em andamento em aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), como no caso do Salgado Filho, em Porto Alegre. O aeroporto gaúcho é um dos principais candidatos para a nova rodada de concessões. “As obras em andamento devem seguir seus cronogramas”, enfatizou.
O novo ministro disse ainda que a Infraero continuará o processo de transição em 2015 para um novo modelo sustentado pela Infraero Serviços. De acordo com ele, existe a possibilidade da nova companhia buscar um parceiro internacional. “A Infraero Serviços deve ser uma das maiores empresas do mundo. Por que não buscar um parceiro internacional e prestar serviços aqui dentro e no exterior?”, indagou. Segundo ele, ainda é cedo para se cogitar uma eventual abertura do capital da empresa.
Plano de aviação regional
Padilha disse também que o governo planeja lançar as primeiras licitações de obras do plano de aviação regional até o fim deste ano. Segundo ele, dado o andamento do cronograma, as primeiras licitações sairiam apenas em 2016 ou 2017. Atualmente, 229 aeroportos regionais estão com projetos em execução. “Vamos tentar fazer o impossível e lançar as primeiras licitações de obras nos aeroportos ainda neste ano”, afirmou, após cerimônia de posse.
A despeito das sinalizações do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o novo governo fará um corte de gastos, Padilha afirmou que não faltarão recursos para o programa de aviação regional, eleito como prioridade de sua gestão. O ministro disse que o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que vai financiar o programa, deve arrecadar R$ 4,2 bilhões neste ano, recursos que serão suficientes para bancar os subsídios previstos no programa. “A aviação tem recursos próprios, não depende de repasses da União.”