A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira, indicou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 no cenário híbrido com Selic variável e câmbio fixo está em 2,0%. Já a projeção para 2021 está em 3,2%.
As estimativas já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 3,00% para 2,25% ao ano. Para o cálculo, o BC utilizou taxa de câmbio constante em 4,95% e a Selic com trajetória conforme projeções da pesquisa Focus.
Na ata da reunião anterior, de 5 e 6 de maio, as projeções neste cenário híbrido eram de inflação de 2,4% para 2020 e 3,4% para 2021.
Assim como no documento da reunião anterior, a ata do Copom não trouxe agora as projeções do BC para a inflação no cenário de mercado, que considera as trajetórias de câmbio e juros da pesquisa Focus.
<b>Preços administrados</b>
O Banco Central alterou na ata sua projeção para a alta dos preços administrados em 2020. O índice calculado foi de 0,7% para 1,3% no cenário híbrido, que utiliza câmbio constante e Selic do relatório Focus.
No caso de 2021, o porcentual passou de 3,9% para 3,8%. As estimativas anteriores constavam na ata da reunião anterior, de 5 e 6 de maio.
No cenário de referência, que utiliza câmbio constante a R$ 4,95 e Selic fixa a 3,00% ao ano, a projeção para a alta dos preços administrados em 2020 também passou de 0,7% para 1,3%. No caso de 2021, permaneceu em 3,8%.
As projeções para os preços administrados ajudaram a formar a base para que o colegiado cortasse na semana passada a Selic (a taxa básica de juros) de 3,00% para 2,25% ao ano. Foi o oitavo corte consecutivo na taxa.