O Boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 17, mostrou melhora marginal da estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A projeção para a alta do PIB em 2022 passou de 2,70% para 2,71%, contra 2,65% há um mês. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 cresceu de 0,54% para 0,59%, ante 0,50% um mês antes.
Considerando apenas as 45 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 cedeu de 2,70% para 2,72%. No caso de 2023, houve 45 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação da mediana de 0,53% para 0,70%.
O Relatório Focus ainda mostrou manutenção na projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,70%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram as mesmas.
A perspectiva para a relação entre resultado primário e o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano teve nova evolução positiva no Boletim Focus agora divulgado, com o superávit previsto subindo de 0,91% para 1,00%. Há um mês, a mediana era de 0,75% do PIB. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 6,40%, contra 6,70% de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
O relatório ainda trouxe manutenção em 58,40% na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. Era 58,70% um mês atrás.
Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB subiu de 63,23% para 63,39%, de 63,17% há um mês. A mediana para o déficit primário seguiu em 0,50% do PIB e, para o rombo nominal, permaneceu em 7,70% do PIB. Os porcentuais eram os mesmos há quatro semanas.
<b>Balança comercial</b>
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 em US$ 60,00 bilhões, ante US$ 65,00 bilhões de um mês atrás, segundo a pesquisa Focus. Para 2023, a projeção também continuou em US$ 60,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas.
No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana passou de US$ 30,30 bilhões para US$ 30,00 bilhões, contra US$ 26,52 bilhões de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes variou de US$ 33,40 bilhões para US$ 34,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era deficitária em US$ 32,00 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 passou de US$ 65,00 bilhões US$ 66,00 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, variou de US$ 65,00 bilhões US$ 67,34 bilhões, de US$ 66,00 bilhões há quatro semanas.